Mulherismo africana

"Mulherismo africana" é um termo cunhado por Clenora Hudson-Weems[1] no final da década de 1980, pretendido como uma ideologia que se aplica a todas as mulheres afro-descendentes. Baseia-se na cultura africana e no afrocentrismo e concentra-se nas experiências, lutas, necessidades e desejos das mulheres da diáspora africana; se distingue do feminismo ou do mulherismo de Alice Walker. O mulherismo africana presta mais atenção e dá mais enfoque às realidades e injustiças da sociedade em relação à raça.[2] O mulherismo africana é voltado para ser absolutamente centrado na África; mesmo no nome, a África está no centro e na cosmologia africana, nommo é a denominação adequada de uma coisa que se chama à existência. Clenora Hudson-Weems procurou criar uma ideologia específica para mulheres africanas e afro-descendentes, acreditando que a sua criação separa as realizações das mulheres africanas dos intelectuais africanos, do feminismo e do feminismo negro. Na tentativa de evitar ser agrupada com outros grupos de pessoas, Hudson-Weems decidiu que era hora das mulheres africanas terem sua própria ideologia estabelecida por elas mesmas, assim, a terminologia Mulherismo Africana se encaixa de forma mais adequada a mulher africana, sendo tanto auto-nomeadora quanto auto-definidora. Tais realidades incluem as diversas lutas, experiências e necessidades das mulheres africanas.

A Sociedade do Mulherismo Africana lista 18 características da Mulherista africana, incluindo auto-nomeação, auto-definição, centramento familiar e uma companhia masculina positiva, flexível e desejável.[3][4] A agenda da mulher africana é, de fato, distinguível de todas as outras teorias baseadas nas mulheres, primeiramente por sua insistência na hierarquização de raça, classe e gênero, nessa ordem. O forte contraste entre os diferentes tipos de feminismo e o mulherismo africana tem a ver com o fato de que o feminismo se concentra nas mulheres e no seu empoderamento; o mulherismo africana, por outro lado, é uma agenda de empoderamento racial centrada na família. Essa ideologia é baseada em dezoito pilares essenciais: auto-nomeação, autodefinição, centralização na família, harmonia com os homens, plenitude, flexibilidade de papéis, adaptabilidade, autenticidade, irmandade genuína, compatibilidade masculina, reconhecimento, ambição, nutrição (no sentido de cuidar de alguém), força, respeito, respeito aos idosos, maternidade e espiritualidade.

  1. «'Africana Womanism': An authentic agenda for women of Africana descent». Commentaries. Tri-state Defender. 30 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 17 de julho de 2011 
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  3. «About AWS». African Womanism Society 
  4. Hudson-Weems, pp. 57-58, 61, 66, 68–72.

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